E é assim q foi
é assim q vai ser.
Dia após dia
noite após noite
vida após vida.
Para além do tempo
ousámos construir a eternidade
e misturá-la com a realidade.
Dia após dia
noite após noite
vida após vida.
E edificamos novos mundos
onde voamos na água
mergulhamos no ar
caminhamos nas nuvens
a viver
(Aprendiz-Seringador)
lunes, 28 de diciembre de 2009
Vou-te acordar
hoje,
agora vou ter contigo.
suavemente para não te acordar.
quer dizer...
suavemente vou-te acordar
com toques leves pelo teu corpo todo
e tu vais também....
e vais pensar que é um sonho
mas não é
(Aprendiz)
agora vou ter contigo.
suavemente para não te acordar.
quer dizer...
suavemente vou-te acordar
com toques leves pelo teu corpo todo
e tu vais também....
e vais pensar que é um sonho
mas não é
(Aprendiz)
Espero por ti num instante roubado ao tempo
Faz tanto frio esta noite
vou buscar agasalho
deitar-me à frente da lareira
apagar as luzes
e adormecer com o som calmo
da lenha a arder
Espero por ti
num instante roubado ao tempo
E eu fora
a olhar para ti
pelas janelas do espaço
a tremer de frio
a tremer de solidão
a espera
a tua espera
Espero por ti
num instante roubado ao tempo
e encontrar-nos-emos
ao entardecer
no meio da vida
num tempo qualquer
(Aprendiz-Seringador)
vou buscar agasalho
deitar-me à frente da lareira
apagar as luzes
e adormecer com o som calmo
da lenha a arder
Espero por ti
num instante roubado ao tempo
E eu fora
a olhar para ti
pelas janelas do espaço
a tremer de frio
a tremer de solidão
a espera
a tua espera
Espero por ti
num instante roubado ao tempo
e encontrar-nos-emos
ao entardecer
no meio da vida
num tempo qualquer
(Aprendiz-Seringador)
lunes, 21 de diciembre de 2009
Frio
faz tanto frio esta noite
vou buscar um cobertor e uma almofada deitar-me à frente da lareira apagar as luzes e adormecer com o som calmo da lenha a arder
espero por ti
num instante roubado ao tempo
E eu fora a olhar para ti pelas janelas do espaço
a tremer de frio
a tremer de solidão
a espera
a tua espera
(Aprendiz-Seringador)
vou buscar um cobertor e uma almofada deitar-me à frente da lareira apagar as luzes e adormecer com o som calmo da lenha a arder
espero por ti
num instante roubado ao tempo
E eu fora a olhar para ti pelas janelas do espaço
a tremer de frio
a tremer de solidão
a espera
a tua espera
(Aprendiz-Seringador)
martes, 15 de diciembre de 2009
Estamos juntos
Estamos juntos, quando a poesia nos toca
e entramos como reis no Reino do Silêncio...
Quando sentimos que tempo e risos e lágrimas e tudo
em nós madurece...
Estamos juntos , quando a noite é fria ou o calor custa a suportar,
quando a solidão é mais solidão
e vemos a palavra Amor na boca de tantos ser profanada...
Oh! Ainda que nos separem Oceanos,
estamos juntos, bem juntos, bem o sabes,
numa profunda companhia!
Cristovam Pavia
e entramos como reis no Reino do Silêncio...
Quando sentimos que tempo e risos e lágrimas e tudo
em nós madurece...
Estamos juntos , quando a noite é fria ou o calor custa a suportar,
quando a solidão é mais solidão
e vemos a palavra Amor na boca de tantos ser profanada...
Oh! Ainda que nos separem Oceanos,
estamos juntos, bem juntos, bem o sabes,
numa profunda companhia!
Cristovam Pavia
domingo, 13 de diciembre de 2009
Sinto-o
Sinto-o no fundo das minhas entranhas,
escondido nos meus pensamentos
que vagueiam por todo o meu ser.
Sinto-o na explosão do meu olhar,
encadeando tudo em seu redor,
solto no batimento das asas duma ave que voa contra o vento.
Sinto-o nos confins do raiar dos meus sonhos,
paira no infinito da minha consciência que delimita a razão.
Sinto-o em tudo e em nada,
no real e no imaginário,
no concreto e no abstrato.
O Pulsar da Vida,
O Pulsar das Estrelas.
Em suma o Pulsar do Universo...
Sinto-o!...
escondido nos meus pensamentos
que vagueiam por todo o meu ser.
Sinto-o na explosão do meu olhar,
encadeando tudo em seu redor,
solto no batimento das asas duma ave que voa contra o vento.
Sinto-o nos confins do raiar dos meus sonhos,
paira no infinito da minha consciência que delimita a razão.
Sinto-o em tudo e em nada,
no real e no imaginário,
no concreto e no abstrato.
O Pulsar da Vida,
O Pulsar das Estrelas.
Em suma o Pulsar do Universo...
Sinto-o!...
(Aprendiz)
martes, 8 de diciembre de 2009
Calor
- Não consigo dormir, mãe.
Ensonada abro os braços e acolho o seu corpito de criança feita mulher. Um suave calor desperta-me e adormece-a. Envolta na escuridão fico a sentir este calor e a pensar.
Que a vida é calor que se dá ... que se recebe.
(Aprendiz)
Ensonada abro os braços e acolho o seu corpito de criança feita mulher. Um suave calor desperta-me e adormece-a. Envolta na escuridão fico a sentir este calor e a pensar.
Que a vida é calor que se dá ... que se recebe.
(Aprendiz)
lunes, 7 de diciembre de 2009
Manhã cinzenta de sábado.
Manhã cinzenta de sábado. Uma espécie de nevoeiro envolve a cidade. Convida ao recolhimento. Onde estás tu? Também recolhido? Tenho pensado muito no que me disseste. Sobre a “casca”, o refúgio melacólico que se torna agrádavel para ti. Um local seguro, conhecido. E percebo-te tão bem. Não tens carapaças sobresselentes…
Medos e couraças – lembras-te de como falámos disso? Couraças aquilo que nos protege de sermos magoados dizias-me tu. Às vezes penso que havia uma necessidade grande, inconsciente, de as retirarmos, de ver se era possível…e assim nos fomos despindo lentamente. Conheço-te o que me mostraste, o que te senti. E a intensidade dos sentimentos foi crescendo porque a alimentámos. Medo? Claro que amedrontava mas a sensação de bem estar era tão boa. A forma de comunicação que criamos, que descobrimos ultrapassou as palavras, o tempo, a distância. Comunhão de almas? Reencontros? Talvez. Estar contigo era de alguma forma estar comigo própria. A tua sensibilidade tocava suavemente nas minhas feridas. A tua crinça interior desafiava a minha. Não sei como tornámos possível o impossível.
O que te fez recolher? As luas, as marés, as conjunções planetárias, a realidade da vida? Uma palavra, um gesto? A tua natureza?
Sim eu sei(?) que não queres falar. Pergunto-me então porque estou eu aqui a falar. E não sei a resposta. Ou saberei?
Abro a janela e entrego à brisa suave que entra um beijo, uma carícia, uma ternura. Para levar até ti.
Medos e couraças – lembras-te de como falámos disso? Couraças aquilo que nos protege de sermos magoados dizias-me tu. Às vezes penso que havia uma necessidade grande, inconsciente, de as retirarmos, de ver se era possível…e assim nos fomos despindo lentamente. Conheço-te o que me mostraste, o que te senti. E a intensidade dos sentimentos foi crescendo porque a alimentámos. Medo? Claro que amedrontava mas a sensação de bem estar era tão boa. A forma de comunicação que criamos, que descobrimos ultrapassou as palavras, o tempo, a distância. Comunhão de almas? Reencontros? Talvez. Estar contigo era de alguma forma estar comigo própria. A tua sensibilidade tocava suavemente nas minhas feridas. A tua crinça interior desafiava a minha. Não sei como tornámos possível o impossível.
O que te fez recolher? As luas, as marés, as conjunções planetárias, a realidade da vida? Uma palavra, um gesto? A tua natureza?
Sim eu sei(?) que não queres falar. Pergunto-me então porque estou eu aqui a falar. E não sei a resposta. Ou saberei?
Abro a janela e entrego à brisa suave que entra um beijo, uma carícia, uma ternura. Para levar até ti.
miércoles, 2 de diciembre de 2009
Se pudesses
se pudesses ouvir o meu olhar...
e ver os sons do coração later
se pudesses sentir o meu caminhar descalço
e compartir os passos nas nuvens
se me pudesses embalar quando tenho medo
em seda ou linho fino de amor enchido
sentiria a imensidão do teu olhar
e olhar com olhar de olhares dados
e caminhar compassos de músicas bebidas
e ver os sons do coração later
se pudesses sentir o meu caminhar descalço
e compartir os passos nas nuvens
se me pudesses embalar quando tenho medo
em seda ou linho fino de amor enchido
sentiria a imensidão do teu olhar
e olhar com olhar de olhares dados
e caminhar compassos de músicas bebidas
(Aprendiz-Seringador)
Que... (um desejo)
Que a estrada se abra à tua frente,
Que o vento sopre levemente nas tuas costas,
Que o sol brilhe morno e suave na tua face,
Que a chuva caia de mansinho em teus campos,
E, até que nos encontremos, de novo...
Que Deus te guarde nas palmas de Suas mãos!
( Prece Irlandesa)
Que o vento sopre levemente nas tuas costas,
Que o sol brilhe morno e suave na tua face,
Que a chuva caia de mansinho em teus campos,
E, até que nos encontremos, de novo...
Que Deus te guarde nas palmas de Suas mãos!
( Prece Irlandesa)
martes, 1 de diciembre de 2009
Duas Almas
'Ai de mim,
duas almas habitam no meu peito,
E uma quer separar-se da outra.
Uma agarra-se apaixonadamente e comfirmeza à Terra,
Fixada com gavinhas ondulantes;
A outra ergue-se com uma poderosa ânsia,
Em direcção à abóboda celeste!'
Goethe
duas almas habitam no meu peito,
E uma quer separar-se da outra.
Uma agarra-se apaixonadamente e comfirmeza à Terra,
Fixada com gavinhas ondulantes;
A outra ergue-se com uma poderosa ânsia,
Em direcção à abóboda celeste!'
Goethe
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